Desilusão!

Como dói perdermos nossa independência quando isso já é um constante em nossas vidas há muito tempo.
Nos deparamos durante os caminhos trilhados com fases que nos põe a prova de tudo o que consideramos certo para nós, e aí nos perguntmos o que fazer agora?!
Uma dessas provações é um período em que nos deparamos com a falta de emprego e, no meu caso, voltar a um estágio de dependência total de alguém que agora não são seus pais e sim o seu marido, uma pessoa que até então é estranha para você um vez que vem de um mundo totalmente diferente do seu.
Quem é mulher sabe do que estou falando; com a liberdade que temos conquistado ao longo dos anos não nos passa pela cabeça a idéia de ter que pedir dinheiro ao marido para comprar um simples vestido para uma festa... quando na verdade isso é apenas uma fase momentânea de desemprego. Então escutamos todos a dizer: tenha paciência , isso vai passar, aproveite para estudar e fazer coisas que você não poderia fazer caso estivesse trabalhando; mas como encarar tudo isso de forma tão natural e tranquila se, voltando ao exemplo do vestido, todos os nossos pedidos são negados, e quando o é atendido, é sob pressão?
É difícil, muito difícil, e aí terminamos a colocar á prova aquele amor que nos uniu em matrimônio... será que a promessa de nos fazer felizes, era verdadeira? Mas como se na hora que precisamos de um momento de paz nos dão guerra?
Chego a conclusão de que o clichê o "um amor numa cabana", realmente não rola; e de que mulher tem sim que ganhar mais que o marido; e essa estória de viva para o seu marido e para os seus filhos é furada... pois o primeiro nunca viverá para nós e o segundo pode ser que vá no mesmo caminho!!!

Sem medo...

Dia de Sol forte... tudo tranquilo... quando minha mãe se deparou com uma figurinha inusitada parada na cerca dos fundos da minha chácara!

Um filhote de camaleão, que lá repousava tranquilo e calmo, paradinho, paradinho... corri pra pegar a máquina para fotografa-lo.

Como nós humanos somos temerosos com tudo de novo que chega perto de nós, fui de ponta de pé até o seu encontro, para que o mesmo não fugisse com medo, a fim de conseguir o melhor ângulo da foto.

Por incrível que pareça, o bichinho nem se mexeu, acho que eu estava com mais medo dele, do que ele de mim... mas é claro, nos acostumamos a temer a todos devido a um instinto de sobrevivência que temos que desenvolver ao longo da vida contra os "animais" peçonhentos que rondam nossos caminhos. Mas aquele bichinho, não... por ser um bebê ele não tinha maldade e longe dele achar que o faria algum mal!

Pois é... acho que o verbete que diz: "Quanto mais conheço os homens mais adimiro o meu cachorro..." é bem certo!

Encontramos em nossas vidas "animais" bem mais perigosos no "reino dos homens", do que aquele bichinho vai encontrar ao longo da sua no reino animal!

Cheiro de infância....

Na última noite, entre uma taça de vinho e outra me peguei a relembrar coisas de um tempo que não volta mais!
Lembrei de quando Marquinho (meu irmã do meio), se irritava com alguma coisa e fazia uma trouxinha de roupa com a fralda da minha irmã mais nova (Luanna), colocando dentro duas ou três cuecas (ele só gostava de viver de cueca), enfiava num cabo de vassoura e dizia que ia embora de casa...
Lembrei de um clubinho (Clubinho "Migloose") que eu meu irmão criamos, onde a sede era dentro do seu quarto, e que os únicos integrantes éramos nós dois, e Luanna insistia para entrar e, só de pirrassa, nós não deixávamos dizendo que ela tinha que dizer uma senha que não existia!
Lembrei das viagens que fazíamos em família, onde todas as vezes que começávamos a brigar meu pai dizia:" -Senão pararem eu volto!"; e nesse dia estávamos voltando para casa quando se iniciou uma discursão entre nós e meu irmão gritou: -"Parem de brigar senão painho volta!", mas o volta, era para a cidade de onde tínhamos saído, e não para casa!
São coisas que podem até parecer bobagens mas, que ao recordar, me fazem lembrar de um tempo lindo e ingênuo de três crianças, três irmãos, onde a união e a cumplicidade sempre reinou e que hoje o tempo separou!
Gostaria de ter nem que por um instante, aqueles momentos de volta!

Desde de pequenos nos pegamos a escutar nossos pais a reclamarem quando saimos e porque não ficamos mais tempo perto deles... hoje, depois de crescida, e agora... MÃE, vejo o quanto dói ficar longe de quem amamos!
Há 6 anos moro longe de meus pais, para ser mais exata a 300km deles, e ainda não me acoutumei com a distância, e olhe que dos três filhos, eu sou a mais independente!
Todos os dias tenho que falar com "mainha", e quando eles planejam vim para cá parece que o tempo não passa... conto os dias e as horas intermináveis até o momento de vê-los passar pelo portão de casa, a aí sim, me sinto completa de verdade e parece que a casa se ilumina!
Então, penso... como será quando for o contrário? Quando Guilherme, meu filhote, tiver que deixar minha casa para voar sozinho? Como vou reagir?
Hoje estou esperando que "painho e mainha" cheguem, com certeza vai ser o dia mais longo da semana... e se porventura eles não vierem hoje será a noite mais longa, também; é isso, antes eles esperavam por mim, e se angustiavam se eu demorava mais um pouco...
Hoje...
... Sou eu que espero por eles!!

O início!!

Desde criança sempre tive o costume de escrever nos famosos diários... e aí a partir da experiência de conhecer o Blog de minha prima pensei... porque não voltar a escrever de novo, mas com um versão mais moderna... e onde as pessoas que gosto possam compartilhar minhas experiências, também?!?
Comecei...
Com esse texto inicio o meu Blog, que será para mim uma forma de desabafo das coisas que me aflingem, e de compartilhamento das alegrias que me cheguem!
Até o próximo!